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Mamografia: saiba mais sobre a importância desse exame para a prevenção do câncer de mama

A mamografia é um exame de raio-x feito no mamógrafo, onde a mama é comprimida por duas placas de acrílico para ser melhor observada. Pode ser convencional ou digital, a diferença entre elas está na forma em que a imagem da mama é captada.

De acordo com o médico oncologista da Santa Casa, Dr. Eduardo Kowalski Neto, esse é o exame mais tradicional e mais difundido porque é capaz de detectar o câncer de mama ainda no estágio inicial. “A partir daí podemos fazer um tratamento direcionado sem grandes sequelas e sem mudar a anatomia da mama”, fala.

A mamografia é indicada para mulheres acima de 40 anos e deve ser feito anualmente sempre após o autoexame das mamas. O médico diz que o exame é mais eficiente em mulheres acima de 50 anos, porque nessa fase da vida elas possuem mais gordura na mama, o que facilita a detecção. “Mulheres muito jovens têm pouco tecido mamário e isso faz com que a gente tenha mais dificuldade”, diz.

Para mulheres com menos de 40 anos, com casos de câncer na família ou propensão à doença, é indicado fazer o exame de ultrassom. Para Kowalski, a principal forma de prevenção é o autoexame. “Toda vez que a mulher for menstruar ela deve fazer o exame de toque das mamas”, conta. Além do autoexame e da mamografia, o oncologista sugere que toda mulher deve fazer uma visita ao ginecologista pelo menos de 6 em seis meses. “Além do câncer de mama, tem o câncer de colo de útero que é muito mais severo”, alerta.

A Santa Casa possui atualmente cerca de 500 mulheres em tratamento de câncer, recebendo medicamento e acompanhamento na unidade de quimioterapia. “Todas essas mulheres uma vez por ano fazem a mamografia”, diz.

A enfermeira Raquel Palmeira, é uma delas. Desde 2011 luta contra o câncer. Teve a doença nas duas mamas e foi através da mamografia que detectou os tumores. Em 2018 foi diagnosticada metástase na parte óssea do crânio, pulmão e mediastino, mas segue positivamente o tratamento. “Estou firme nessa batalha”, fala. Ela diz que é importante a mulher se cuidar e estar sempre fazendo toque nas mamas e os exames periódicos como mamografia e ultrassom.

Tatiane Luz de Oliveira que é enfermeira obstetra diz que a história dela começou quando tinha apenas 38 anos e a doença foi detectada prioritariamente pela mamografia. Por conta das mamas volumosas através do exame de toque não foi possível sentir. “O tumor já tinha mais de 4 cm. Após seis anos em tratamento apareceram alterações que mostraram uma metástase no mediastino e retornei ao tratamento”, conta.

Na visão de Tatiane, as pessoas têm medo de receber o diagnóstico. “O diagnóstico precoce é essencial. A primeira coisa é se cuidar e prestar atenção no nosso corpo que dá sinais e nós não percebemos”, conclui.

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