Mutirão dos bairros abriu as comemorações dos 102 anos da Santa Casa
O ato de doar o nosso tempo em prol de quem mais precisa, é, sem sombra de dúvidas, a melhor forma de expressar o amor ao próximo. Assim foi a 10ª edição do Mutirão dos Bairros, realizado no último sábado (28), no CAIC do Bairro Jardim Primavera.
O evento abriu as comemorações dos 102 anos da Santa Casa de Misericórdia e estima-se que cerca de mil pessoas passaram pelo local. A equipe de voluntários da instituição recebeu com muito carinho e atenção a comunidade do Jardim Primavera das 8h às 12h.
Ao todo, foram realizados 400 atendimentos médicos nas especialidades de cardiologia, clínica geral, pediatria, ginecologia, gastroenterologia, dentista, além dos serviços oferecidos na feira de saúde como aferição de pressão, medição da glicose, fisioterapia, audiometria, palestras, orientações, entre outros.
Pelo visto, o mutirão deixou a população muito satisfeita, a exemplo de dona Ivani Cardoso dos Santos, moradora do Grupo Habitacional da Ceplac. Ela que operou de aneurisma em 2013, veio em busca de um neuro porque ficou com sequelas como esquecimento e insônia. “Hoje, só durmo à base de remédio controlado. Pelo SUS só liberam uma ficha por mês para cada posto. E aqui conseguir ser atendida por um excelente profissional”, declarou.
Seu Pascoal José de Argolo, morador do Bairro Sarinha Alcântara, veio em busca de um geriatra ou clínico geral para ver se está tudo bem com a saúde. “É a primeira vez que venho para o mutirão da Santa Casa e está uma beleza isso aqui”, disse encantado com o atendimento.
A filha dele, Marlene, também aprovou o mutirão. “É um grande feito para a área de saúde porque a gente está tendo uma grande dificuldade com o SUS, devido à deficiência no atendimento. A atitude da Santa Casa na minha opinião foi perfeita, maravilhosa. Eu espero em Deus que mais iniciativas como essa cheguem para nós. Estou muito feliz com isso”, disse.
O oncologista, Dr. Garrick Pereira, que foi um dos voluntários, passou informações sobre os tipos de câncer, os avanços da doença e falou sobre a importância do evento. “A Santa Casa é um hospital que basicamente faz atendimentos complexos, mas a gente não pode esquecer jamais da importância da prevenção. É aí é que entra o projeto Santa Casa nos Bairros, que tem como objetivo principal a prevenção, Além disso, os exames básicos para toda a comunidade que precisa de uma orientação adequada, a fim de evitar doenças mais graves e fazer a detecção precoce de qualquer tipo de doenças, não só o câncer, mas do diabetes, da hipertensão, dos distúrbios alimentares”, disse o médico.
A enfermeira Patrícia Betyar, do setor de transplantes, fez uma pequena palestra sobre a doação de órgãos e destacou a importância de divulgar para a população. “A grande negativa da Bahia ainda é a falta de informação, então a conscientização, a informação e o esclarecimento para a sociedade é que vai mudar o quadro da doação de órgãos e tecidos. É importante falar da necessidade de ser um doador, principalmente àqueles que vão autorizar: pais, irmãos e filhos”, diz.
A vendedora Fabrícia Teixeira não conhecia o mutirão e adorou o projeto. “É a primeira vez que eu venho. Da hora em que eu entrei até agora eu estou achando sensacional. Tudo organizado com pessoas capacitadas, muito educadas e profissionais de ponta. Estou realmente encantada. Itabuna estava precisando desse projeto”, falou. Dessa forma, só podemos concluir que o Santa Casa nos Bairros também pode ser chamado de “Mutirão do Bem”.
O mutirão teve o apoio da associação de moradores do Jardim Primavera através do representante do bairro, Ricardo Xula, da diretora do CAIC, Maria Cleide e empresas parceiras como a Águia Branca, Dissulba, Grupo Velanes, Lap Laboratório, Mirassul, Mediar.
Médicos que trabalharam no mutirão:Antônio Augusto, Antônio Fernando, Andrey, Edna Grilli, Eric Júnior, Fabrício Matos,Gláucio Wernewck,Hanna Argolo, Laís Barreto, Lívia Mendes, Mércia Margotto,Yulo Heinnel, a odontóloga Thaís Barreto, estudantes de medicina da UESC, além de enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos do CESAI,
equipe técnica do Cerpat e a Feira de Saúde montada no local.