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Mulheres da Santa Casa – Lívia Mendes: Primeira Diretora Técnica do Calixto

Ela é natural de Salvador, mora em Itabuna e acaba de ocupar um cargo nunca antes ocupado por mulheres no Hospital Calixto Midlej Filho. Casada, mãe do Lorenzo do 01 ano e 11 meses e da Antonella de 11 meses, a médica Lívia Maria Bomfim Mendes Aguiar, fala um pouco da responsabilidade de assumir a direção técnica de um dos maiores hospitais da região.

Formou-se em 2007 pela UFBA, trabalhou por 02 anos em São Sebastião do Passé, a 60 km de Salvador. Fez Residência de Cirurgia Geral no HBLEM de 2009 a 2011. Começou na Santa Casa, como plantonista da Emergência na reabertura do hospital São Lucas em 2009 e logo depois no Calixto. “Assumi a Coordenação do PA de 2013 e fiquei até este ano e em 2015 fui Diretora Técnica do São Lucas por 01 ano. Também sou cirurgiã do HBLEM e preceptora da Residência de Cirurgia Geral de lá”, cita.

Sobre a atuação das mulheres no mercado de trabalho, ela destaca que, principalmente sobre a sua profissão, existe um histórico de predominância masculina. “Tenho orgulho em dizer que minha turma foi a primeira da faculdade com mais mulheres que homens. Fui a primeira residente mulher da história do Base, mas de lá pra cá, outras já foram formadas por essa Instituição”, comemora.

Entretanto, ela cita que o Centro Cirúrgico ainda é um ambiente com predominância de cirurgiões, mas a cada dia, mais as mulheres vem ganhando seu espaço e mostrando sua competência nas diversas áreas, culturalmente com atuação masculina. “O que acontece na minha área, vemos que é tendência natural. Mais mulheres com acesso à educação e, consequentemente, conquistando espaço no mercado de trabalho e se sobressaindo, porque estão cada vez mais conscientes de seu potencial e da igualdade de seus direitos em relação aos homens”, relata.

“Além da satisfação pessoal em ter a capacidade e dedicação reconhecidas por Dr. Tarcyo, que a antecedeu e Dr. Eric, Provedor”, saber que isso pode influenciar mais mulheres a conquistarem cada vez mais posições de Liderança, ao ter mudado a cultura de mais um século dessa Instituição, para ela é extremamente empolgante e gratificante. “Ao mesmo tempo, sinto uma responsabilidade ainda maior. Mais importante do que conquistar o cargo é fazer jus a ele e trabalhar diariamente para exercê-lo da melhor maneira possível”, fala.
Para ela, o maior desafio de toda mulher é conciliar a vida pessoal, marido e filhos com a profissional. “Com certeza, só sendo mulher para conseguir conciliar tudo (rs), ainda que, por mais que a gente se esforce, exista a autocrítica que poderíamos estar fazendo melhor”, acrescenta.

Em relação à Direção Técnica, este ano o setor está com muito mais trabalho que o habitual, revendo processos e criando novos fluxos, voltados para o Nível 1 da Acreditação ONA. “Então se a responsabilidade já era grande, até novembro, estaremos determinados a melhorar nossos processos a fim de priorizar a Segurança do Paciente. Para isso conto com outras lideranças, dos diversos setores, altamente competentes e comprometidas, para juntos vencermos mais essa etapa”, conclui.

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