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Dia da Infância: como o Serviço Social pode atuar em um hospital

Comemorado no dia 24 de Agosto, o Dia da Infância foi criado pelo UNICEF com a finalidade de promover uma reflexão sobre as condições de vida das crianças de todo o mundo. A data, é um convite a toda sociedade para colocar a infância como prioridade.

A Declaração Universal dos Direitos das Crianças diz que toda a criança tem direito a alimentação, educação, lazer, liberdade, um ambiente familiar e saúde adequados. Elas também devem ser protegidas da discriminação, exploração, violência e negligência. E dentro de um ambiente hospitalar como o Hospital Materno-Infantil, Manoel Novaes, é imprescindível preservar a vida, a saúde, a segurança e a integridade dessas crianças, de modo a resguardá-las conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA.

O Novaes conta com o trabalho de acolhimento realizado pelo setor de Serviço Social que visa atender de forma humanizada, as crianças que são internadas. É um dos direitos da criança ao nascer ter acesso às vacinas básicas, o teste do pezinho, obrigatório por lei em todo o território nacional, além do aleitamento materno. Os serviços de unidades de terapia intensiva neonatal no HMN dispõem de banco de leite humano e unidade de coleta de leite humano.

De acordo com a assistente social Pollyana Macedo, ”é preciso garantir que a saúde da criança seja assegurada em todos os âmbitos, principalmente, dentro do hospital”. Para isso, o setor conta com o apoio de vários profissionais: enfermeiros, médicos e psicólogos, além dos órgãos de proteção à criança, como o Conselho Tutelar e a Vara da Infância e da Juventude.

O fato de o hospital ter um cartório de registro civil facilita o trabalho da equipe e a vida dos familiares em todos os sentidos. “Isso agiliza na hora do registro de nascimento, em casos de óbito ou no quando a criança vai para a adoção”, diz.

Entre as ocorrências mais comuns, estão as de pacientes que sofrem abuso, algum tipo de agressão, maus tratos ou vivem em situação de vulnerabilidade. “É quando temos de acionar os órgãos competentes, como o Conselho Tutelar e a Vara da Infância”, destaca a Andreia Rodrigues que também é assistente social. Ela diz que é preciso um olhar atento a esse tipo de situação, pois, é através de uma fala, uma abordagem com a mãe, uma conversa com a criança que a gente detecta algum problema”,destaca.

Situações de abandono por parte das mães que dão à luz também são frequentes. Nesse sentido, todas recebem apoio de um psicólogo, que pode detectar uma depressão pós-parto ou outro tipo de transtorno, no sentido de tentar reverter a situação. “Sentimos que às vezes ela demonstra, mas não assume que quer doar o filho”, diz.

Casos dessa natureza são informados imediatamente ao juizado de menores e ainda na maternidade, as mães são orientadas a registrarem os bebês e a assinarem um termo de doação deixando a criança para ser entregue. As crianças só são retiradas do hospital com determinação judicial e geralmente vem um representante do conselho tutelar com um oficial de justiça. “A gente nunca sabe se as crianças que saem daqui vão ter a mesma assistência lá fora, mas temos a consciência de que fizemos a nossa parte”, conclui.

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