Dia Nacional da Doação de Órgãos: pacientes compartilham suas histórias para sensibilizar as famílias para o SIM!
Hoje (27), Dia Nacional da Doação de Órgãos, a Santa Casa de Misericórdia de Itabuna mostra o relato de dois pacientes: um que recebeu o transplante de rim e outro que ainda aguarda na fila por um doador compatível. O adolescente Robson de Souza Nunes Filho, 16 anos, fez o transplante de rim há 11 meses, após um exame de sangue acusar que a sua taxa de creatinina estava alterada e um exame de ultrassom detectar um problema renal crônico.
Foram quatro meses de hemodiálise até que surgiu um doador compatível para o transplante. Hoje, ele comemora o fato de poder ter uma alimentação mais variada e de fazer coisas que antes não podia. Feliz com a nova fase, ele se diz muito grato à família que doou o rim para ele e conta que tem projetos para o futuro. “Quero estudar Direito”, diz.
Diferente de Robson, o jornalista Gideon Rosa, de 61 anos, ainda aguarda na fila. Ele fez o tratamento conservador por 20 anos, mas há 11 passou a fazer hemodiálise. Já foi chamado três vezes para o transplante, mas ainda não conseguiu por problemas de compatibilidade.“Eu tenho uma doença genética que se chama rim policístico. Na minha família, quase todos as pessoas em torno dos 50 anos, tem problema de falência nos rins”, conta.
Gideon explica que uma pessoa que perde a função renal torna-se um paciente terminal, que pode viver em média três anos. “Eu estou no lucro pois estou há 11 anos nessa luta. Receber um rim é uma questão de sobrevida”, cita.
Embora seja uma doença que cresce em média 8% ao ano, a doença renal ainda é invisível para sociedade e para as politicas de saúde, segundo o jornalista.”É preciso que as pessoas tomem conhecimento, se sensibilizem e conscientizem suas famílias”, diz. E destaca a importância de cuidarmos dos rins, um dos órgãos mais importantes que existem. “Na medicina, o rim é considerado a usina do corpo. Todo o sistema metabólico entra em pane quando ele para”, conclui.