Dia Mundial do AVC: médico da Santa Casa fala sobre os sinais e prevenção da doença
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea.
De acordo com o Dr. Antônio Fernando Ribeiro Silva Jr, especialista em doenças cerebrovasculares, existem dois tipos de AVC, que ocorrem por motivos diferentes: o mais comum é isquêmico, quando há obstrução de uma artéria, impedindo a passagem de oxigênio para células cerebrais, que acabam morrendo. Já o hemorrágico acontece quando há rompimento de um vaso cerebral, provocando hemorragia dentro do tecido cerebral ou na superfície entre o cérebro e a meninge. “Esse tipo pode levar à morte com mais frequência do que o AVC isquêmico e representa 15% dos casos”, afirma.
Tido como uma das principais causas de morte, incapacitação e internações no mundo, ocorre mais em pessoas do sexo masculino e entre os fatores relacionados ao problema estão: a hipertensão, o diabetes tipo 2, colesterol alto, obesidade, tabagismo, uso excessivo de álcool e idade avançada.
O médico comenta que os principais sinais de alerta da doença são: fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo; confusão mental, alteração da fala ou compreensão, alteração na visão (em um ou ambos os olhos), alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar, dor de cabeça súbita e intensa. “Diante desses sintomas é preciso ligar imediatamente para o SAMU (192), Bombeiros (193) ou encaminhar a pessoa para o hospital mais próximo”, alerta.
O diagnóstico é feito através de exames de imagem, que permitem identificar a área do cérebro afetada e o tipo do derrame. “As chances de recuperação e sobrevivência são grandes se a doença for diagnosticada rapidamente. Para tanto, é preciso procurar atendimento médico o quanto antes”, pontua.
Segundo o especialista, cerca de 90% dos casos podem ser evitados se adotarmos um estilo de vida mais saudável, como: visitas regulares ao médico, alimentação balanceada, prática de atividades físicas, controle da pressão alta, do diabetes, evitar o álcool e tabagismo.