PROJETO-PILOTO QUE REDUZ DESPERDÍCIOS GERA RESULTADOS POSITIVOS NA SANTA CASA
Com objetivo de evitar o desperdício de produtos, insumos e medicamentos sem comprometer a qualidade dos serviços prestados aos usuários, a Santa Casa de Itabuna implantou, no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Calixto Midlej Filho e Centro de Hemodiálise, o projeto-piloto “Menos Desperdício e Mais Eficiência. Os primeiros resultados positivos foram apresentados pelas lideranças dos dois setores aos diretores Wagner Alves (Administração) e Amilton Fiaes (Financeiro).
O diretor Wagner Alves comemorou os resultados obtidos nos primeiros 30 dias de funcionamento do projeto para otimização, controle e redução de custos com insumos utilizados nas unidades. “Foi registrada uma economia significativa com itens como luvas, máscaras, gorros, seringas, compressas e esparadrapos”.
Somente com a compra de luvas para a CTI e Hemodiálise, a economia anual será de R$ 428 mil. “Esse dinheiro poderia ser usado para compra de equipamentos para melhorar a nossa estrutura hospitalar”, afirma Amilton Fiaes.
Ele acredita que essa economia de recursos financeiros pode ocorrer em outros setores menos complexos. “Se setores complexos como CTI e Hemodiálise conseguem melhoria de rotina de processos, utilização completa do sistema e redução de custos, as demais unidades devem conseguir também na mesma proporção”.
REVISÃO DE FLUXOS
A economia foi gerada porque os dois setores revisitaram seus processos, revisaram fluxos e perceberam que havia a necessidade de um maior controle na liberação e utilização de determinados insumos. Os gestores começaram a olhar melhor a rotina MV, as rotinas vinculadas aos setores de almoxarifado e compras e a atuação das equipes assistenciais. “Depois desse trabalho, eles trouxeram uma uniformização que pode se torna um padrão na Santa Casa, pois houve uma redução de cerca de 50% no consumo em relação aos meses anteriores”, explica Wagner Alves.
O diretor administrativo detalha que, com os resultados do estudo, é possível conhecer o custo real e verdadeiro, uma vez que os custos passam a ser contabilizados no sistema por paciente. Isso possibilitará a instituição compreender a média mensal de produtos nas unidades. “Isso significará economia de dinheiro e uma avaliação de que estamos comprando melhor”.
A decisão de implantar o projeto-piloto foi tomada depois de observa-se que alguns setores não têm o controle correto do material usado. Essa falta de controle vem gerando um grande desperdício e até dificultando os investimentos e manutenção das atividades diárias.
O levantamento preliminar mostrou que a maioria das lideranças não conhece, com precisão, o quantitativo dos insumos que circulam no mês em seus setores. “Partindo disso, selecionamos, aleatoriamente, dois setores para um estudo com um acompanhamento mais detalhado. Um com serviço de natureza ambulatorial e outro de internação. Chegamos a conclusão de que, se esses setores mais complexos conseguem, outros setores menos complexos devem obter o mesmo sucesso”, completa o diretor administrativo.
Wagner Alves ressalta ainda que a quantidade dos serviços de higienização continua atendendo todos os requisitos fundamentais de qualidade. A proposta é colocar o projeto de otimização de custos como padrão já nos próximos 60 dias.
Além dos diretores Wagner Alves e Amilton Fiaes, os debates sobre as ações para melhor uso dos materiais envolveram lideranças da Hemodiálise e CTI, a diretora técnica do Hospital Calixto Midlej Filho (HCMF), Maria Carolina Reais, mais as gerentes Caroline Reis (Suprimentos) e Ana Paula Carqueja (Enfermagem).