BANCO DE SANGUE EM ITABUNA LUTA PARA MANTER ESTOQUE E ASSEGURAR PROCEDIMENTOS
No Banco de Sangue da Santa Casa de Itabuna, a mobilização para sensibilizar a população sobre a importância da doação é diária, assim como a necessidade dos hospitais regionais por sangue de todos os tipos. Mesmo com tantos apelos, a unidade funciona com déficit mensal médio de 400 bolsas de sangue, o que, às vezes, causa o adiamento de procedimentos eletivos.
As ações para atrair doadores são intensificadas em duas datas no ano. O Dia Mundial do Doador e Dia Nacional do Doador, celebrados em 14 de junho e 25 de novembro, respectivamente. Essas datas do ano foram escolhidas por antecederem períodos de férias e festejos juninos e natalinos, quando o número de transfusões nos hospitais aumenta.
A diretora técnica do Banco de Sangue da Santa Casa, a médica Regiana Quinto, explica que, muitas vezes, existem muitas pessoas que preenchem todos os requisitos para doação, mas só comparecem à unidade em situações pontuais. “Mas a demanda por sangue e seus hemoderivados, principalmente, plaquetas, é constante. Por isso, precisamos que toda a população se envolva nessa ação de amor ao próximo”, afirma.
O Banco de Sangue precisa coletar 1.200 bolsas mensais, mas a média tem sido de 800, conforme explica Rosildo Ribeiro, coordenador de captação. “A maior necessidade é pelo grupo negativo, composto pelos tipos de doadores universais. São pessoas que fornecem sangue para qualquer tipo sanguíneo, mas só recebem do tipo negativo”, esclarece.
Mas neste mês Nacional do Doador, a mobilização tem gerado resultado. O Banco de Sangue de Itabuna está recebendo caravanas de cidades como Barro Preto, Ibicaraí, Maracás e Jussari, além de igrejas e instituições de ensino superior e agentes de combate às endemias de Itabuna. No sábado (23), foi a vez do pessoal do Ministério da Saúde da Igreja Adventista. Nesta segunda-feira (25), quem participou da ação social foram os agentes de combate às endemias.
O sangue é essencial para procedimentos como cirurgias bariátricas, ortopédicas, cardiológicas e para pacientes da oncologia e hemodiálise. Já os hemoderivados são usados, por exemplo, para tratamento de pacientes anêmicos e que precisam da transfusão de células vermelhas de sangue.
BAIXO NÚMERO DE DOADORES
Em geral, os dados mostram que o número de doadores no Brasil é muito baixo. Somente 1,8% da população doa sangue com regularidade, conforme Ministério da Saúde. Esse percentual fica abaixo dos 2% apontados como ideais pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). A quantidade de voluntários brasileiros é bem menor que em países europeus, onde 5% das pessoas doam sangue com frequência.
Pode ser doador quem tem idade entre 16 e 69 anos. A primeira doação só pode ser feita por pessoas com menos 60 anos. Os menores de 18 anos só podem doar com a autorização dos responsáveis legais. A doação pode ser feita com intervalo de dois meses, no caso de homens, e a cada 90 dias por mulheres. As pessoas do sexo feminino só podem fazer o total de três doações por ano.
O doador deve pesar 50 quilos, apresentar documento de identificação oficial com foto (original ou cópia autenticada em cartório). Outros documentos aceitos são carteira de trabalho, certificado de reservista, carteira nacional de habilitação, passaporte, carteira profissional emitida por classe ou carteira de doador.
O Banco de Sangue da Santa Casa de Itabuna funciona de segunda a sexta-feira, das 7 às 17h. E aos sábados, o atendimento é feito das 7 às 12. Mais informações pelo telefone (73) 3214-9126. A unidade funciona no anexo do Hospital Calixto Midlej Filho, na rua Antônio Muniz, no bairro Pontalzinho.
