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A AIDS não tem cura, mas tem controle

O Dia Mundial de Luta Contra a AIDS (01/12) foi criado no Brasil, a partir de 1988, como forma de prestar a solidariedade às pessoas infectadas pelo vírus HIV. A data simboliza a luta contra a doença, que ainda não tem cura, mas a luta contra o preconceito e a busca incessante pela cura são a causa maior, no sentido de acolher e integrar todas as pessoas que hoje vivem com o HIV.

Sendo assim, campanhas que visam fortalecer o diagnóstico precoce e tratamento são de suma importância, bem como o acesso às ações de prevenção e diagnóstico para a população. É uma das prioridades do Ministério da Saúde para 2020, a redução de mortalidade das pessoas vivendo com HIV (PVHIV) e coinfecção de tuberculose/HIV. O médico infectologista da Santa Casa de Itabuna, Dr. Fernando Romero, esclarece algumas dúvidas sobre a doença.

Aids e HIV são a mesma coisa?

Não. O HIV é um vírus da família retrovírus e a infecção pelo vírus é que define uma pessoa HIV positiva. Quando o HIV começa a atingir a imunidade e a pessoa começa a ficar com a imunidade baixa, ter infecções aí temos uma pessoa com AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida).

Quais são as principais formas de transmissão do HIV?

A transmissão ocorre através do ato sexual, durante a gestação, parto, durante a amamentação (chamada transmissão vertical) ou por algum acidente com perfuro cortante.

Como o HIV age no organismo?

O vírus age no organismo atingindo as células cd4 que fazem parte do nosso sistema imune. A partir de 7 e 8 anos, essa imunidade começa a cair muito podendo e levam as pessoas a ficarem suscetíveis para ter infecções como pneumonia, tuberculose e meningites.

Qual é a principal forma de prevenção?

A principal forma de prevenção é o sexo seguro, usando preservativo sempre e nos acidentes de trabalho usar sempre os EPI’S (equipamentos de segurança individual)

Quais são os sintomas da Aids?

O HIV manifesta principalmente com infecções. A pessoa pode ter febre, infecções repentinas, diarreias, mancha, erupções cutâneas. Qualquer tipo de infecção fora do normal pode ser um sintoma de HIV.

Como saber se tenho Aids?

A melhor forma de saber se é portador do vírus é realizando o exame para HIV em laboratório, das sorologias e o autoteste, que é o teste rápido. O mesmo deve ser feito anualmente ou após alguma exposição de risco como acidente de trabalho com perfurocortante com uma pessoa que tem HIV ou durante um ato sexual sem proteção.

A pessoa pode ter contraído HIV mesmo que o resultado do teste seja negativo?

As chances de o resultado dar negativo são baixíssimas, os testes são bastante confiáveis. O que temos é a janela imunológica. A pessoa que contrai o HIV hoje e faz o teste vai dar negativo porque o corpo não teve tempo hábil de criar os anticorpos. Os testes fazem a leitura dos anticorpos. Em caso de suspeita faz o teste e repete 30 dias e depois 90 dias. Se der negativo aí a pessoa não tem HIV.

Existem grupos mais vulneráveis ao HIV?

Os mais vulneráveis para HIV atualmente são os mais jovens e os idosos usam menos preservativos. São necessárias campanhas educativas para estimular o sexo seguro nessas faixas etárias.

É possível contrair o vírus durante o ato sexual mesmo que não haja ejaculação?

Sim, durante o ato sexual é possível contrair o vírus mesmo sem ejaculação por isso o uso de preservativo se faz indispensável.

Como funciona o tratamento das pessoas infectadas pelo HIV?

As pessoas infectadas por HIV têm o tratamento garantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) gratuito e os atuais medicamentos são os antirretrovirais, que atuam no sistema imunológico, bloqueando as diferentes fases do ciclo de multiplicação do vírus no organismo. O tratamento com antirretrovirais pode fazer com que a carga viral fique indetectável (quando a quantidade do HIV no sangue cai para níveis muito baixos).

Como as gestantes vivendo com HIV devem agir para evitar a transmissão para o filho?

Se a gestante descobre que tem HIV, ela deve iniciar tratamento imediatamente. O uso do antirretroviral diminui a chance de transmitir o vírus em menos de 1%. Se ela adere ao tratamento tem carga viral indetectável com chances de transmissão baixíssimas. Se ela não trata, a chance de transmitir o vírus para o bebê é de 30 a 40%.

Já existe cura para a Aids?

O HIV não tem cura. Podemos considerar o HIV como uma doença crônica. Ela tem controle, tem efeitos colaterais mínimos e a pessoa pode ter uma vida completamente normal. O maior perigo para o HIV é o preconceito.

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