CIHDOTT promove encontro de agradecimento aos profissionais da Santa Casa
A tarde de ontem (09), foi marcada por um encontro de agradecimento aos profissionais da Santa Casa de Itabuna que abraçam a causa da doação de órgãos. Promovido pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante – CIHDOTT da instituição, o encontro reuniu no auditório do Calixto Midlej, colaboradores dos setores de assistência social, enfermagem, internamento e marketing.
A enfermeira Patrícia Betyar, agradeceu a todos os envolvidos e reforçou que são eles os parceiros que fazem tudo acontecer. “Precisamos sempre motivá-los, sensibilizá-los, mostrando que eles são profissionais que estão na linha de frente desse trabalho. Depende de cada um deles a esperança de muitas pessoas que estão na fila aguardando por uma doação de órgão”, disse.
Na oportunidade, Graça Rocha, colaboradora da instituição, deu o seu relato sobre a importância de ter doado os órgãos e tecidos do filho de 20 anos. “É uma dor imensurável, mas estou caminhando com a visão de doadora. Eu já tinha um amor pela doação de órgãos porque trabalho na hemodiálise e sei que não é fácil uma pessoa viver dependente de uma máquina para sobreviver, se submeter a três sessões de hemodiálise por dia”, falou.
Já Rafael Abner, paciente transplantado de 28 anos, disse que nasceu de novo. “Tenho uma outra vida. Só tenho a agradecer a Deus, à família que doou o rim e à equipe do Calixto. Só quem passa por um tratamento para receber um órgão sabe como é importante ter um doador. É um ato que salva muitas vidas”, disse.
Durante o encontro foram distribuídas fichas com números altos para que os colaboradores refletissem sobre como é estar em uma fila de espera para um transplante. “Temos 44 mil pessoas na lista de espera. Se estivéssemos nessa fila, será que isso não iria nos motivar a fazer a entrevista para ser um doador de órgãos?”, indagou Patrícia. Para a enfermeira, é importante que todos os colaboradores perguntem às famílias dos pacientes se elas aceitam a oportunidade de doar. “Isso traz uma grande significado diante da dor da perda do um ente querido”, concluiu.