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Irmandade

Quando Monsenhor Moysés Gonçalves do Couto resolveu criar um hospital na cidade que acabara de receber a emancipação política. Seis anos antes já procurou cercar-se de pessoas que tinham preocupação e envolvimento com as coisas da cidade. Durante toda a sua história, a Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, tal como as demais congêneres do país, sempre contou com essas devotadas figuras, dando um pouco de si por uma causa tão nobre. Nas diversas crises que a Instituição enfrentou, foi fundamental o papel do Colégio de Irmãos, buscando a ajuda necessária para enfrentar os desafios.

Hoje, vivemos em um mundo que sofreu profundas transformações, principalmente depois da Segunda Guerra Mundial. O comportamento das sociedades, também, não poderia ficar imune a tais mudanças: o próprio crescimento das cidades, o aparecimento de novas instituições de saúde, o avanço da televisão, prendendo mais as pessoas em suas casas e desviando o interesse que anteriormente era voltado para os eventos da comunidade. A luta pela vida, cada vez mais árdua, tudo isso tem conduzido a uma certa apatia e vai ficando difícil encontrar pessoas que se apresentem para um trabalho comunitário, sem remuneração. Nos registros da nossa Santa Casa, encontravam-se em atividade, em 2007, apenas 284 Irmãos. Em dezembro de 2016, vésperas das Comemorações do Centenário, este número chega a 320 Irmãos ativos.

(Do Livro Santa Casa de Misericórdia de Itabuna – Novos Desafios, do autor João Otávio de Oliveira Macedo)

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