Lactantes x Coronavírus: Cuidados essenciais que a mãe deve ter na hora de amamentar
As mulheres grávidas não parecem ser mais suscetíveis às consequências do coronavírus do que a população em geral e não há evidências de que o vírus possa passar para o bebê durante a gravidez. Como uma abordagem de precaução, as mulheres grávidas com suspeita ou confirmação de coronavírus quando entram em trabalho de parto estão sendo aconselhadas a frequentar uma unidade obstétrica de nascimento, mas seu plano de parto deve ser seguido o mais próximo possível.
No momento, não existem evidências de que o vírus possa ser transmitido no leite materno; portanto, os benefícios da amamentação superam quaisquer riscos potenciais de transmissão do coronavírus pelo leite materno.
Com o aumento de casos confirmados de coronavírus (Covid-19) em território brasileiro, as dúvidas sobre a doença não param de surgir. Junto com as inseguranças das grávidas e de pais com filhos pequenos em casa sobre quais cuidados ter com a pandemia, há também as incertezas que assolam as lactantes. E com as diferentes restrições indicadas para a prevenção contra o vírus, surge a pergunta: a amamentação deve ser mantida?
Até o momento, a Sociedade Brasileira de Pediatra (SBP), em consenso com o seu Departamento Científico de Aleitamento Materno e a FEBRASGO, afirma que a amamentação pode ser realizada normalmente, mesmo em mulheres diagnosticadas com o coronavírus, desde que elas se sintam bem para isso e sigam os cuidados necessários.
A conclusão da SBP e da FEBRASGO com as pesquisas é de que, por enquanto, os benefícios da amamentação superam os riscos de transmissão do coronavírus. Entretanto, isso não anula a importância de seguir regradamente as instruções de higiene necessárias para que tanto as mães quanto os bebês fiquem em segurança.
Como proteger os bebês durante o aleitamento materno?
Para as mães que não estão com suspeita ou não foram diagnosticadas com coronavírus, a pediatra Thais Bustamante, membro da Sociedade Brasileira de Pediatria, explica que os cuidados principais são: higienização correta e frequente das mãos, e evitar locais aglomerados.
Já para as mulheres com suspeita ou diagnosticadas com a doença, é essencial o uso de máscaras em todas as mamadas. Além da higiene rigorosa das mãos antes de tocar o bebê na hora de posicioná-lo para mamar.
A FEBRASGO ainda ressalta que as mãos também devem ser limpas antes de fazer o manuseio de bomba extratora de leite e, até mesmo, de mamadeiras. E, caso haja a necessidade, que as mães considerem pedir ajuda a alguém saudável para ajudá-las a oferecer o leite ordenhado para o bebê.
Fonte: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia