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PROGRAMA SOBRE OS CUIDADOS PALIATIVOS É DESENVOLVIDO NO HOSPITAL MANOEL NOVAES

Enfrentar o momento em que a criança ou adolescente está no leito de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital lutando pela vida não é nada fácil para a família. No caso de perda, então, o mundo desaba. Para auxiliar nesses momentos mais complicados é que existe a Comissão de Cuidados Paliativos. No Hospital Manoel Novaes, em Itabuna, o programa é desenvolvido com a supervisão da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab).

A diretora técnica do HMN, a médica Fabiane Chávez, explica que os cuidados paliativos visam o alívio do sofrimento do familiar e de pacientes em estado de saúde grave. “É voltado para paciente gravemente doente ou que tenha uma doença crônica que necessitará de uma forte atenção dos pais para o resto da vida. Inclui ainda aquele paciente que se enquadra no perfil de muito alto risco, com taxa elevada da morbidade”.

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Conforme estabelecido na Comissão de Cuidados Paliativos, os profissionais começam a intervir no momento da chamada de fase modeladora da doença, quando ainda existe a conduta terapêutica curativa. As ações também abrangem a construção de luto das mães. No caso do Hospital Manoel Novaes, os cuidados paliativos não envolvem somente a criança ou adolescente, mas também os pais.

Os cuidados paliativos alcançam ainda aquelas mães que têm perdas fetais e que estão vivendo um momento muito crítico. “Para isso, estamos implantando o Projeto Mãe de Anjo, que visa o apoio emocional para mulheres que perderam os seus filhos, com abortamento”, explica a diretora técnica do HMN.

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FAMÍLIAS ATENDIDAS

A Comissão de Cuidados Paliativos nas UTIs Pediátrica e Neonatal do Hospital Manoel Novaes é formada por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogo, assistente social, nutricionista, farmacêuticos, que trabalham com famílias de pacientes gravemente doentes. “Mais de 20 famílias já foram atendidas, infelizmente, alguns com desfecho para óbito. Mas há também registro de casos com alta médica para casa”, explica.

Os profissionais que atuam nos cuidados paliativos trabalham com as famílias dos pacientes em todos os aspectos: a espiritualidade, o psicológico, o médico e o social. “Ajudamos essas famílias a enfrentar a doença que o familiar tem. Depois, se o desfecho for negativo, ajudamos no processo de luto”, reforça a médica.

Em 8 de outubro é celebrado o Dia Internacional dos Cuidados Paliativos, que tem como símbolos borboletas e chapéus. “Quando tiramos o chapéu, significa que o fazemos em sinal de respeito aos pacientes em paliação. Com relação às borboletas, elas vivem pouco, mas intensamente. As borboletas nos proporcionam alegria, polinizam as flores e nos deixam felizes. Elas enfeitam a natureza. No caso dos nossos bebês e fetos são vidas extremamente importantes para as famílias, mas com a convivência curta”. As máscaras foram retiradas somente para a fotografia.

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