Provedor da Santa Casa de Itabuna fala sobre as ações do primeiro mês de gestão
A expectativa do provedor da Santa Casa de Itabuna, Francisco Valdece, é que em 2021 seja um ano de menos sufoco financeiro para instituição, que briga na justiça para receber R$ 67 milhões do município de Itabuna. O montante é referente a serviços prestados e valores de emendas parlamentares retidos pela Secretaria Municipal de Saúde.
No curto período como provedor da Santa Casa (tomou posse em 1º de julho), Valdece adotou medidas com o objetivo de tornar mais eficientes as atividades desenvolvidas no dia a dia da instituição. Entre essas ações está a retomada de serviços de radiologia, hemodiálise e hemodinâmica, que eram ofertados em parcerias com tercerizados. “Agora, esses serviços são geridos integralmente pela Santa Casa”.
A Santa Casa também está em processo de retomada dos serviços ofertados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). “São processos iniciados pelo meu antecessor, o médico Eric Júnior, e que damos andamento. Entendo que são medidas que ajudam a fortalecer a nossa instituição”, afirma.
MAIS RESPEITO
Outro assunto abordado nesta terça-feira (4), durante a gravação do programa “Fala Provedor”, foi a relação da Santa Casa com os gestores locais do Sistema Único de Saúde (SUS) e as dificuldades que a instituição tem enfrentado para honrar os compromissos em dia. O provedor cobra mais respeito, uma vez que 70% dos serviços prestados pela instituição são ofertados via SUS.
Valdece reclama que o município vem, seguidamente, retendo valores que deveriam ser repassados para Santa Casa. “Até emendas parlamentares que conseguimos com muito sacrifício ficaram retidas. O fato é que o município nos deve, pelo menos, R$ 67 milhões. Já damos entrada em 16 ou 17 ações judiciais visando assegurar o cumprimento da lei e os recursos que temos direito”.
O provedor acredita que a partir de janeiro, com a posse de um novo prefeito, o cenário deve mudar para a saúde em Itabuna. Para ele, seja qual for o gestor, os serviços contratados serão integralmente pagos e a instituição será tratada com mais respeito. “Por isso, eu vislumbro um caminho menos árduo para a Santa Casa em 2021”, afirma.
Para melhorar as receitas da instituição filantrópica, o provedor também implantou a Equipe de Projetos e Captação de Recursos. Supervisionado por Sílvio Roberto (membro da Provedoria), a equipe é composta pela gerente SUS, Lânia Peixoto, e pelos advogados José Raimundo e Harrison Leite.
